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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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O amigo que eu canto

Ary dos Santos / Fernando Tordo
Repertório de Simone de Oliveira

Desde quando nasci 
Que o conheço e lhe quero
Como a um irmão meu 
Como ao pai que perdi
Como tudo o que espero

É um homem que tem 
O condão da doçura
No sorriso de água
Nos olhos cansados
É metade alegria 
É metade ternura
Nas palavras cantadas
Nos gestos dançados
Nos silêncios magoados

Tem um rosto moreno 
Que o inverno o marcou
E apesar de ser forte 
É um homem pequeno
Mas maior do que eu sou

Tem defeitos, é certo
Como todos nós
Sonha, às vezes demais
Fala, às vezes no ar
Mas quando dentro dele 
A alma ganha a voz
É tal como se fosse 
O som do nosso mar
Se pudesse falar

Foi incapaz de mentir
Foi incapaz de calar
É capaz de chorar e de rir
Tem um quê de fadista
Tem um quê de gaivota
E a mania que há-de ser artista

Quando vê que precisa 
É capaz de roubar
Mas também sabe dar a camisa
Foi capaz de sofrer 
Foi capaz de lutar
È capaz de ganhar e perder

É um amigo meu 
Que às vezes me ofende
Mas que eu sei que me escuta
Que eu sei que me ouve 
E também compreende

Quantas vezes lhe digo que tenha juízo
Que a mania dos copos só lhe faz é mal
Que a preguiça não paga 
E que o trabalho é preciso
Ele encolhe-me os ombros 
Num desprezo total
Este tipo é assim, mas