-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

. . .

7090 LETRAS <> 3.082.000 VISITAS em FEVEREIRO 2024

. . .

O meu coração parou

Artur Ribeiro / Popular *fado menor, estilizado*
Repertório de Fernando Maurício

O meu coração parou
E tudo ficou parado
A voz de cantar meu fado
Emudeceu na garganta
Não chego a saber quem sou
Nem o que faço na vida
Sou folha no chão caída
Sou poeta que não canta

Nem um grito de revolta 
Nestes meus lábios cansados
Nos meus olhos magoados 
Um olhar, de ver ninguém
Sou quarto onde ninguém 
Sou um berço sem menino
Uma carta sem destino 
Que não sabe donde vem

Eu sou o louco mais louco 
À solta por este mundo
Sou um verso tão profundo 
Que ninguém o decifrou
Tudo isto, porque à pouco 
Quando cheguei, não te vi
E até tu voltares aqui 
O meu coração parou
- - - 
Versão original
Artur Ribeiro / João Blak *fado menor do porto, estilizado*
Repertório de Artur Ribeiro

O meu coração parou 
E tudo ficou parado
E a voz de cantar meu fado 
Emudeceu na garganta
Deixei de saber quem sou 
Nem o que faço na vida
Sou folha no chão caída
Sou poeta que não canta

Sou folha de vendaval 
Bailando ao sabor do vento
Não choro nem me lamento 
Nem sequer meu fim pressinto
Sou um livro sem final 
Não sou rei nem sou mendigo
Quero encontrar-me comigo 
Mas procuro e não me sinto

Nem um grito de revolta 
Nestes meus lábios cansados
Nos meus olhos magoados 
Um olhar, de ver ninguém
Sou quarto onde ninguém volta 
Sou um berço sem menino
Uma carta sem destino 
Que não sabe donde vem

Eu sou o louco mais louco 
À solta por esse mundo
Sou um verso tão profundo 
Que mais ninguém decifrou
Tudo isto, porque á pouco 
Quando cheguei, não te vi
E até tu voltares aqui 
O meu coração parou