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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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Lés a lés

Linhares Barbosa / Alberto Simões Lopes *fado dois tons*
Repertório de Fernando Maurício

Há lá coisa mais bonita
Que um português de samarra
Embarcar com a guitarra
No seu saquito de chita

Foi sempre assim, acredita 
Mal que a gente põe os pés
No sobrado do convés 
Sentimos da pátria, a imagem
E vamos toda a viagem
A cantar de lés a lés

Vai do mundo a qualquer parte 
E verás em todo o mundo
Do teu Portugal jucundo  
Vestígios do seu estandarte;
O teu país foi na arte 
De navegar, o primeiro
Como não há marinheiro 
Que não cante o triste fado
O fado deste soldado 
Atravessa o mundo inteiro

Sobre a madeira dum barco 
Foi à Ilha da Madeira;
A descoberta primeira 
Do grande Gonçalves Zarco;
Mas como o prémio era parco 
Para um génio aventureiro
Vê-se que o fado troveiro 
Vai ao Brasil, a Ceilão
Pedaços desta canção 
Verás em todo o estrangeiro
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Letra  transcrita do livro editado pela 
Academia da Guitarra e do Fado

A cantar de lés a lés
Atravessa o mundo inteiro
Verás em todo o estrangeiro
Todos te dirão quem és

Há lá coisa mais bonita 
Que um português de samarra
Embarcar com a guitarra 
No seu saquito de chita
Foi sempre assim, acredita 
Mal que a gente põe os pés
Nos sobrados dum convés 
Sentimos da Pátria, a imagem
E vamos toda a viagem 
A cantar de lés a lés

Vai do mundo a qualquer parte 
E verás em todo o mundo
Do teu Portugal jocundo 
Vestígios do seu estandarte
O teu país foi na arte 
De navegar, o primeiro
Como não há marinheiro 
Que não cante o triste fado
O fado desde soldado 
Atravessa o mundo inteiro

Sobre a madeira de um barco 
Foi à Ilha da Madeira
A descoberta primeira 
Do nobre Gonçalves Zarco
Mas como o prémio era parco 
Para um génio aventureiro
O fado que era troveiro 
Vai do Brasil a Ceilão
Pedaços desta canção 
Verás em todo o estrangeiro

Em África impõe a lança
Na Índia lança vontades
E deixa loucas saudades 
No Cabo da Boa Esp'rança
Na tormenta, na bonança 
Esta canção que se fez
P'ra o coração português 
Achou sempre o mundo estreito
Canta-a co'a guitarra ao peito 
Todos te dirão quem és