-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

. . .

7090 LETRAS <> 3.082.000 VISITAS em FEVEREIRO 2024

. . .

O pobre

Jorge Fernando / Guilherme Banza
Repertório de Jorge Fernando 

Não conduz a nenhum lado
Deixar-nos ir abaixo 
Por qualquer coisinha
Tenho o meu lugar guardado
Fica lá tu na tua 
Que eu fico na minha

Levanta o astral e foge
Das ondas que te afundam 
Nessa escuridão
Não percas o teu dia
Porque o dia de hoje
Já não volta a passar 
Pela tua estação

Olha que a lua acontece
Crescente, cheia, nova 
Ou a minguar
E o redondo que daqui 
Se lhe conhece
Escurece e então d
eixa 
De se arredondar

Quando a tempestade cai
Há sempre um telhado 
P'ra nos recolher
Quando o bom humor se vai
Sai dessa que há saída 
P'ró que acontecer

Se o vento sopra de frente
Dá costas e não cuides 
Ter de o enfrentar
Porque muito embora 
Por mais que se tente
O querer ir p'rá frente 
Faz-nos recuar

Portanto não vale a pena
Gastar o nosso tempo 
Em coisas pequeninas
Se em nós a alma se quiser 
Tornar pequena
Há que dar-lhe o tamanho 
Das coisas divinas 

A tantas palavras loucas
Faço as orelhas moucas
Andam roucas tantas bocas
De dizer só mal dizer;
Nem tudo o que luz é ouro
Cautela, que o teu tesouro
Apenas é duradouro se não se perder


Quando a esmola é muita, o
 pobre
Olha desconfiado 
No estender da mão
Há qualquer coisa de nobre 
Que assiste ao pobre
Pobre na interrogação

Mas se a gente desconhece
O mistério das teias 
Que o universo tem
E no abrir da mão
Que às vezes transparece
Que às vezes somos tudo 
E noutras ninguém

Portanto não vale a pena
Gastar o nosso tempo 
Em coisas pequeninas
Se em nós a alma 
Se quiser tornar pequena
Há que dar-lhe o tamanho 
Das coisas divinas