Letra e música de Pedro da Silva Martins
Repertório de Ana Moura
Quer o destino
Que eu não creia no destino
E o meu fado
E o meu fado
É nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem
Cantá-lo bem
Sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém
Senti-lo como ninguém
Mas não ter sentido algum
Ai que tristeza
Ai que tristeza
Esta minha alegria
Ai que alegria
Ai que alegria
Esta tão grande tristeza
Esperar que um dia
Esperar que um dia
Eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem
Por aquele que nunca vem
E que aqui esteve presente
Ai que saudade
Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste
Ai se eu pudesse não cantar
Ai se eu pudesse não cantar
Ai se eu pudesse
E lamentasse
Não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse
Talvez ouvisse
No silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha
Uma voz que fosse minha
Cantar alguém cá dentro
Ai que desgraça
Ai que desgraça
Esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte
Eu viver tão desgraçada
Na incerteza
Que nada mais certo existe
Além da grande incerteza
De não estar certa de nada