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Fado alado

Letra e musica de Pedro Abrunhosa
Repertório de Ana Moura

Vou de Lisboa a São Bento 
Trago o teu mundo por dentro
No lenço que tu me déste 
Vou do algarve ao Nordeste
Trago o teu beijo bordado 
Sou um comboio de fado
Levo um amor encantado 
Sou um comboio de gente

Sou o chão do Alentejo 
De ferro é o meu beijo
Tão quente como a liberdade 
E se não trago saudade
É porque vives deitado 
Num amor que não está parado
Sou um comboio de fado 
Sou um comboio de gente

Não há amor com mais tamanho
Que este amor por ti eu tenho
Voo de pássaro redondo
Que não aporta no beiral
Não há amor que mais me leve
Que aquele em que se escreve
Ai... lume brando, paz e fogo
E a luz final

Desço do Porto ao Rossio 
Levo o abraço do rio
Douro, amante do Tejo 
Nos ecos dum realejo
Chora minha guitarra 
Trazes-me a paz da cigarra
Num desencontro encontrado 
Sou um comboio de fado

Se for morrer a Coimbra 
Traz-me da luz a penumbra
Do amor que nunca se fez 
Corre-me o sangue de Inês
Mostra-me um sonho acordado 
Somos um povo alado
Um povo que vive no fado 
A alma de ser diferente