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Quando a Severa morreu

António Vilar da Costa / Júlio Proença *fado modesto*
Repertório de Fernando Maurício

Noite fagueira
São João na Mouraria
Uma fogueira 
Arde no Largo da Guia
Chegam tipóias
Com fidalgos e ciganas
Riem pinóias 
Com a graça do Timpanas

Sobem balões
Tem mais brilho a luz da lua
E os alegres foliões 
Cantam nas marchas da rua
Geme a guitarra
Com emoção tudo espera
Falta chegar a Severa 
Com sua graça bizarra

Mas já no largo
A fogueira se extinguia
Destino amargo
Severa não mais viria
Àquela hora 
Nos braços do seu amado
Cantava agora 
O seu derradeiro fado

Tangem os sinos 
Na capelinha da Guia
E dois anjos pequeninos 
Desceram à Mouraria
Amanheceu 
A voz do fado calou-se
E a própria lua ocultou-se 
P’ra ver Severa no céu